Nosso lado é o Brasil


Findas as eleições, é hora de arrumar a casa. Passado o vendaval que foi este processo, é preciso calma para analisar os resultados. No estado de São Paulo João Doria foi eleito. Defendi e apoiei sua candidatura. Tenho certeza de que o eleitor paulista fez a melhor escolha.

No plano nacional venceu Jair Bolsonaro. Tenho falado há muito tempo de como os polos vinham se retroalimentando nos discursos radicais e o pleito foi pautado por esta dinâmica. O campo que apoiamos não foi ao segundo turno. Perdemos e isso é parte da democracia.

A população fez sua escolha e deve ser respeitada. O PPS não coaduna com o discurso autoritário da esquerda e do PT de desqualificar as decisões quando o resultado não é o que desejávamos. Bolsonaro será o presidente do Brasil e a nós, passado o furacão, cabe olhar para o que restou.
Neste cenário que se desenhou o nosso lugar não é nem indistintamente ao lado deste governo, e nem tão pouco de braços dados com o lulopetismo e seus agregados que tanto combatemos.

Devemos seguir com nossas convicções. O governo Bolsonaro vem, por exemplo, com a proposta de ser reformista. Nós apoiamos e sabemos da importância da reforma da previdência, da modernização das leis trabalhistas, da reforma fiscal e tantas outras que o país precisa para voltar aos trilhos da estabilidade. Trabalharemos para que estas revisões sejam feitas e que o resultado seja o melhor para o país. Não seremos oposição rasa e prejudicial, mas devemos estar vigilantes e atuantes. Nosso norte sempre será o que é melhor para o país e a nossa democracia.

O PPS tem suas raízes no antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro) e na sua luta pela redemocratização. Combatemos a ditadura pelo caminho do diálogo. A democracia é um valor fundamental para o nosso partido e somos totalmente contrários ao uso da violência e o autoritarismo. É o que somos e não abriremos mão destes pilares em hipótese alguma.

Precisamos também buscar lições nestas eleições. As urnas mandaram recados claros de insatisfação e nos cabe a autocrítica. O problema da corrupção no Brasil é grande e não se resolveu com a prisão do Lula. Sempre soubemos disso, mas nossas vozes deveriam ter falado mais alto também por justiça em relação a quem caminhou do nosso lado, como o PSDB, o PSD, o PP e tantos outros. Pau que bate Chico precisa bater em Francisco com a mesma força. Erramos.

O PPS deve resgatar sua essência, olhar para as origens e revigorar as convicções. Seremos oposição ao que vai contra esses princípios e a favor daquilo que for bom. Estou certo de que a ponderação e o debate qualificado ainda tem espaço nos nossos parlamentos. Sejamos, de novo, aglutinadores deste campo.

Cada brasileiro pode contar conosco. Fomos e seguiremos sendo, sempre, vivazes defensores da democracia,  dispostos para trabalhar pelo bem do país.



Comentários

  1. É isso mesmo Carlos fecho com você, aliás, está seria a posição do nosso bom e velho partidão.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas