O que é melhor para o Brasil e para São Paulo? – Parte 2

O xadrez eleitoral de 2018 segue em movimento. Nos últimos dias muitas notícias balançam o tabuleiro, como a cada vez mais iminente concretização do apoio do PSB ao candidato Ciro Gomes (PDT) e a sinalização de partidos como MDB de que, em São Paulo, o melhor é aglutinar e dar forças ao nome de João Doria na disputa do governo do estado. Ajusta-se daqui e dali e o panorama que se desenha reforça o que já disse na semana passada no texto “O que é melhor para o Brasil e para São Paulo?” (chamado daqui por diante de parte 1): foi prematura a decisão do apoio do PPS - Partido Popular Socialista à candidatura de Marcio França. E quero aqui me estender sobre esse posicionamento. É próprio da democracia o diálogo e não sou de fugir dele! Estes são meus argumentos: 1 - O palanque do PSB não potencializa o projeto de país com o qual estamos comprometidos, de consolidação de um centro democrático e reformista, representado pela candidatura de Geraldo Alckmin. O plano nacional não sai fortalecido com a coligação estadual comandada pelo PSB, formada em grande parte por legendas que não estarão do nosso lado na disputa presidencial. 2 - Geraldo traz consigo alicerces sólidos de uma trajetória bem-sucedida no governo, com excelentes índices de segurança, solidez nos resultados econômicos, estabilidade e boa gestão. São méritos seus e ele decididamente não precisa agora de outra pessoa para conferir-lhe seus próprios resultados. É Marcio França quem precisa de Geraldo para potencializar sua candidatura, não o contrário. 3- João Doria tem demonstrado capacidade de agregar e construir uma coligação sólida. Trouxe para si legendas importantes porque tem a força de um bom projeto e aglutina em torno de propostas. Sua articulação dá a Geraldo o palanque sólido necessário e consegue fazer isso porque representa com legitimidade o bloco de poder que desde a transição democrática dirige o estado de forma eficiente. A candidatura de João traz consigo a identidade do centro democrático e alavanca Geraldo no pleito nacional. O PSB tem o peso da caneta ao seu favor? Sim, o atual governador detém a máquina estadual, e sim, isso certamente ainda tem relevância eleitoral diante de mandatários municipais e representa um fôlego extra na campanha à reeleição. Mas já vimos esse filme acontecer e se você coleciona, como eu, um bom par de cabelos brancos na cabeça, deve saber que estou falando de Luiz Fleury, que usou a máquina e saiu vitorioso, mas deixou para trás um estado quebrado, cujo trabalho de reestruturação demandou décadas de gestão PSDB. Vale lembrar também que os tempos mudaram. Veja o caso do prefeito Fernando Haddad: fez a mesma aposta no peso da estrutura da administração para chegar ao 2º turno em 2016. Não chegou nem perto. Fracassou no 1º turno. E para não ser incauto, registro aqui que é legítima a candidatura de Marcio França e que este não é de forma alguma o comportamento que espero dele. Nosso atual governador pode escrever uma história diferente de ambos os maus exemplos citados, tendo um comportamento republicano e transparente e demonstrando compromisso público com a máquina. O norte das decisões políticas em um ano tão crucial para o país precisa ser o projeto nacional. Não podemos esquecer nem por um instante da importância do fortalecimento do centro democrático e do enfrentamento aos pensamentos extremados que emergem. Precisamos de união em torno da candidatura de Geraldo Alckmin e de decisões que a alavanquem. É isso que defendo.

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