Sentindo a Lapa nos pés
Na semana passada caminhei mais de cinco quilômetros pelas ruas da Lapa na companhia da Letícia Sabino e da Ana Carolina Nunes, do Sampapé. Foi na terça-feira, dia 5 de junho e também Dia Mundial do Meio Ambiente. O percurso foi todo gravado e o resultado será o rá o último episódio da primeira temporada do programa Sentindo nos Pés, desenvolvido por elas. A proposta é levar gestores e formadores de opinião para caminhar pela cidade. Lá fomos nós!
Carreguei comigo dois quadrinhos, um vermelho e outro verde, para marcar o que estava ruim e o que valia ser comemorado.
Nosso caminho começou no Poupatempo LAPA, na esquina da Rua do cortume com a Rua Guaicurus. Fomos até a estação Lapa da CPTM, passamos pelo Terminal de Ônibus, atravessamos para o outro lado dos trilhos pela Toca da Onça e voltamos pelo túnel da rua 12 de Outubro. Demos um pulo no Mercado Municipal da Lapa e em seguida esticamos até a Viela Ema Ângelo Murari, ali atrás do Shopping Center Lapa. De lá fomos para a Rua Catão, onde já finalizamos a primeira etapa do projeto #Lapa21 (aquele de acessibilidade nas calçadas que vivo falando por aqui).
Claro que o quadrinho vermelho foi usado muitas vezes. As ruas tem muito descarte irregular de lixo, calçadas sem a devida manutenção, comércio ambulante e outros obstáculos que podem atrapalhar bastante a mobilidade de quem tem algum tipo de necessidade especial, além das crianças e dos idosos.
Mas fiquei feliz de usar também o verde! Temos muitas rampas de acesso para cadeirantes nas esquinas, banheiro acessível no Mercado, piso tátil em muitos locais, pontos de ônibus bem sinalizados e o trecho do Lapa 21, que foi aprovado com louvor! :)
Caminhar na cidade é um desafio e tanto no cenário atual. O poder público tem papel fundamental para mudar esse quadro. A experiência precisa ser mais positiva para todos, para que esta seja também cada vez mais a escolha das pessoas em seus caminhos do dia a dia.
Uma cidade onde as pessoas caminham é um lugar mais seguro e mais humano. Se somarmos nessa equação um transporte público eficiente, resolvemos muitos problemas ambientais e de mobilidade. É um cenário se sonhos? Com certeza. Mas é sonhando que se constrói a realidade.
Na Prefeitura Regional da Lapa já temos um bocado de sonho que virou realidade no #Lapa21. E não vamos parar por aí. Logo mais vem a próxima etapa.
Aprendi muito com as Ana e a Letícia. Acho muito louvável a dedicação delas a um tema que recebe tão pouca atenção. Nossas cidades foram historicamente construídas de uma forma pouco amigável para quem caminha. A preocupação principal era o carro. O pedestre muitas vezes nem sequer era lembrado. Outro dia em um evento de mobilidade um dos participantes comentou sobre as sinalizações, que são todas feitas para veículos. Se um pedestre quer, por exemplo, fazer um retorno, não precisa dar a volta no quarteirão como um carro, mas, se seguir as únicas placas disponíveis na nossas ruas, é isso que ele vai fazer.
Na Lapa estamos invertendo a pirâmide (imagem abaixo). Todas as nossas intervenções tem sido pensadas com prioridade no pedestre. Um passo de cada vez a gente vai fazendo uma Lapa mais caminhável!
Carreguei comigo dois quadrinhos, um vermelho e outro verde, para marcar o que estava ruim e o que valia ser comemorado.
Nosso caminho começou no Poupatempo LAPA, na esquina da Rua do cortume com a Rua Guaicurus. Fomos até a estação Lapa da CPTM, passamos pelo Terminal de Ônibus, atravessamos para o outro lado dos trilhos pela Toca da Onça e voltamos pelo túnel da rua 12 de Outubro. Demos um pulo no Mercado Municipal da Lapa e em seguida esticamos até a Viela Ema Ângelo Murari, ali atrás do Shopping Center Lapa. De lá fomos para a Rua Catão, onde já finalizamos a primeira etapa do projeto #Lapa21 (aquele de acessibilidade nas calçadas que vivo falando por aqui).
Claro que o quadrinho vermelho foi usado muitas vezes. As ruas tem muito descarte irregular de lixo, calçadas sem a devida manutenção, comércio ambulante e outros obstáculos que podem atrapalhar bastante a mobilidade de quem tem algum tipo de necessidade especial, além das crianças e dos idosos.
Mas fiquei feliz de usar também o verde! Temos muitas rampas de acesso para cadeirantes nas esquinas, banheiro acessível no Mercado, piso tátil em muitos locais, pontos de ônibus bem sinalizados e o trecho do Lapa 21, que foi aprovado com louvor! :)
Caminhar na cidade é um desafio e tanto no cenário atual. O poder público tem papel fundamental para mudar esse quadro. A experiência precisa ser mais positiva para todos, para que esta seja também cada vez mais a escolha das pessoas em seus caminhos do dia a dia.
Uma cidade onde as pessoas caminham é um lugar mais seguro e mais humano. Se somarmos nessa equação um transporte público eficiente, resolvemos muitos problemas ambientais e de mobilidade. É um cenário se sonhos? Com certeza. Mas é sonhando que se constrói a realidade.
Na Prefeitura Regional da Lapa já temos um bocado de sonho que virou realidade no #Lapa21. E não vamos parar por aí. Logo mais vem a próxima etapa.
Aprendi muito com as Ana e a Letícia. Acho muito louvável a dedicação delas a um tema que recebe tão pouca atenção. Nossas cidades foram historicamente construídas de uma forma pouco amigável para quem caminha. A preocupação principal era o carro. O pedestre muitas vezes nem sequer era lembrado. Outro dia em um evento de mobilidade um dos participantes comentou sobre as sinalizações, que são todas feitas para veículos. Se um pedestre quer, por exemplo, fazer um retorno, não precisa dar a volta no quarteirão como um carro, mas, se seguir as únicas placas disponíveis na nossas ruas, é isso que ele vai fazer.
Na Lapa estamos invertendo a pirâmide (imagem abaixo). Todas as nossas intervenções tem sido pensadas com prioridade no pedestre. Um passo de cada vez a gente vai fazendo uma Lapa mais caminhável!
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