REFORMA PARA QUEM?
Desde criança aprendi que dinheiro é coisa para se tratar com responsabilidade. Gasta-se com cautela e, quando falta, é hora de cortar despesas e apertar os cintos para manter tudo no eixo. É assim em um orçamento familiar e em qualquer outro, inclusive nas finanças de um país.
Pois parece que essa lição simples alguns de nossos deputados lá em Brasília não aprenderam. Na votação de quarta-feira da #ReformaPolíticaaprovaram em Comissão a destinação de 0,5% da receita líquida da União para o Fundo Especial de Financiamento da Democracia. Esse é o dinheiro que vai financiar as campanhas eleitorais. Sou a favor desse financiamento público, mas é inaceitável que exista um percentual fixo da receita destinado a este fim.
Nessa lógica, o recurso cresceria ano a ano, já que fatores como a inflação fazem a receita crescer, independente da saúde financeira do país. Ou seja, enquanto os brasileiros vivem tempos de austeridade, as campanhas políticas seriam cada vez mais polpudas. É como alguém com uns quilos a mais, que manda aumentar a camiseta, ao invés de fazer regime.
O orçamento destinado a esse Fundo deve existir, mas precisa ser pensado ano a ano, com critérios coerentes que extrapolam os interesses partidários.
Os deputados gastam tempo garantindo benesses partidárias e esquecem-se de trabalhar no mais importante, como, por exemplo, o desenho de um modelo que retire dos partidos o monopólio de decisão sobre quem pode se candidatar. O Distritão, também aprovado ontem em Comissão, resolve problemas como puxadores de votos, ao estabelecer que serão eleitos os candidatos com mais votados, mas não democratiza o acesso à própria democracia. Mantém o poder dos partidos e não aproxima a política do cidadão comum. A Reforma é urgente, mas ainda precisa melhorar muito para ter alicerces sólidos e ser de fato reestruturante.
*Para quem quiser entender melhor o que são o Distritão e o Fundo Fundo Especial de Financiamento da Democracia - http://g1.globo.com/…/
Pois parece que essa lição simples alguns de nossos deputados lá em Brasília não aprenderam. Na votação de quarta-feira da #ReformaPolíticaaprovaram em Comissão a destinação de 0,5% da receita líquida da União para o Fundo Especial de Financiamento da Democracia. Esse é o dinheiro que vai financiar as campanhas eleitorais. Sou a favor desse financiamento público, mas é inaceitável que exista um percentual fixo da receita destinado a este fim.
Nessa lógica, o recurso cresceria ano a ano, já que fatores como a inflação fazem a receita crescer, independente da saúde financeira do país. Ou seja, enquanto os brasileiros vivem tempos de austeridade, as campanhas políticas seriam cada vez mais polpudas. É como alguém com uns quilos a mais, que manda aumentar a camiseta, ao invés de fazer regime.
O orçamento destinado a esse Fundo deve existir, mas precisa ser pensado ano a ano, com critérios coerentes que extrapolam os interesses partidários.
Os deputados gastam tempo garantindo benesses partidárias e esquecem-se de trabalhar no mais importante, como, por exemplo, o desenho de um modelo que retire dos partidos o monopólio de decisão sobre quem pode se candidatar. O Distritão, também aprovado ontem em Comissão, resolve problemas como puxadores de votos, ao estabelecer que serão eleitos os candidatos com mais votados, mas não democratiza o acesso à própria democracia. Mantém o poder dos partidos e não aproxima a política do cidadão comum. A Reforma é urgente, mas ainda precisa melhorar muito para ter alicerces sólidos e ser de fato reestruturante.
*Para quem quiser entender melhor o que são o Distritão e o Fundo Fundo Especial de Financiamento da Democracia - http://g1.globo.com/…/
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