Incompetência fiscal: o jeito Haddad de governar
Não sei se é trambique ou pura incompetência, mas que há algo de podre no reino de Haddad...ah, isso há! Desde que foi anunciada sua derrota acachapante para o tucano João Dória, o nosso prefeito ilusionista tem tirado da cartola muitas surpresas desagradáveis.
Cada vez que o paulistano abre
o jornal recebe uma notícia ruim. Tem parques sem contrato de manutenção e
limpeza, congelamento de gastos públicos e até uma expressiva redução no volume
de leite entregue às crianças no programa Leve Leite, que distribui leite para
alunos das creches municipais.
Penso eu que, para mexer até
com o leite das crianças, o prefeito deve estar mesmo desesperado. A cidade com
orçamento equilibrado e recorde de investimentos que ele pintou na sua
malfadada campanha eleitoral simplesmente não existe.
Nem é preciso ser muito
inteligente para ligar as peças e perceber que Haddad está à beira de ferir a
Lei de responsabilidade fiscal. Deve ser mal de partido. Agora, com três meses
para entregar a gestão a Dória, ele tenta desesperadamente sanear o caixa, para
que suas lambanças não resultem em um processo por improbidade.
O problema é que a austeridade
imposta nesse resto de mandato petista vai cair perversamente no colo dos menos
favorecidos que, já impactados pela crise econômica nacional, agora terão de
suportar o baque de serviços públicos (que já são de qualidade questionável)
com restrição orçamentária.
Haddad garante que serviços
fundamentais como saúde e educação não serão afetados, mas quem pode acreditar
em alguém que há um mês dizia que estava tudo ótimo e agora congela tudo para
‘diminuir’ o buraco nas contas?
Resta agora ao paulistano
torcer para que Temer faça o que Dilma não fez e repasse à Prefeitura as verbas
prometidas do PAC, que devem reembolsar gastos já feitos pela gestão Haddad. A
promessa é de 2013, quando Dilma estava ainda no primeiro mandato. Parece que a
parceria era mais uma ilusão de campanha. Deus me livre de ‘amigos’ como os
dele.
Mas o prefeito metamorfose, que
foi de grande investidor a gestor desesperado em busca de recursos, tem ainda
mais uma faceta. Com o resultado negativo nas urnas, ele tenta agora aprovar na
Câmara o projeto de lei 393/2016, que organiza a Política Municipal de
Participação Social.
Nada contra o empoderamento dos
mecanismos de participação, como os conselhos, por exemplo. Minha pergunta é:
por que fazer isso agora? Será que a participação só é importante quando ele
sabe que seu partido será oposição? Será que quando falo da minha casa, é
melhor fechar bem as portas, porque senão alguém encontra meus esqueletos no
armário?
É Haddad, você até que tentou,
mas parece que o buraco é maior do que o tapete que você estendeu por cima.
Chega de enganação. Chega de ilusionismo. Chega de truques nas contas públicas.
Chega da incoerência de um partido que diz uma coisa e faz outra completamente
diferente.
Chega! São Paulo é maior e vai
sobreviver a você.
Comentários
Postar um comentário