Alimentação orgânica é saúde e desenvolvimento para os paulistas

 
Quando entrei na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a produção de alimentos orgânicos foi um assunto que me despertou grande interesse.
O consumo de alimentos produzidos de maneira natural, livre agrotóxicos e fertilizantes, cresceu exponencialmente na última década e, portanto, esse era um tema que merecia ser foco de nossa atuação.
No senso comum de quem não conhece o interior, ou o cinturão verde da cidade de São Paulo, paira o estereótipo de que não somos um estado agrícola. Mas essa não é a realidade. Nossa produção de alimentos, orgânicos ou não, é forte e precisa contar com políticas públicas que entendam suas demandas e atendam suas necessidades. 
Para tratar de orgânicos e compreender as demandas do setor, fui ouvir aqueles que colocam a mão na terra para oferecer alimentação saudável aos paulistas. Dialoguei com diversos grupos de produtores de orgânicos. Um dos nossos diagnósticos foi o de que a alimentação orgânica precisa ser popularizada. As pessoas creem que o alimento orgânico é muito mais caro, muito por conta de preços realmente elevados praticados por algumas redes de supermercados.
A estratégia para mudar esse cenário foi oferecer uma canal de compra direta entre produtor e população, que pudéssemos acompanhar continuamente. Por meio do projeto Bom Preço do Agricultor, criamos a Feira de Orgânicos do Jabaquara, que possibilita que o produtor escoe sua produção, praticando preços justos. Os produtos são certificados e Secretaria monitora de perto sua qualidade. Este mês inauguramos também uma feira do projeto na Zona Leste, onde em breve pretendemos incluir também alimentos orgânicos.
Além disso, em parceria com a Associação de Agricultura Orgânica (AAO), selecionamos algumas feiras de orgânicos existentes na cidade de São Paulo, além de alguns supermercados e sites que comercializam estes alimentos, e passamos a monitorar os preços médios de 60 produtos. A pesquisa comprovou que os preços dos supermercados são realmente muito acima dos valores cobrados nas feiras. As tabelas são disponibilizadas no site da Secretaria. 
 
Oferecer alimentação saudável a preços acessíveis é uma política pública fundamental. Influencia na saúde da população e no desenvolvimento econômico do setor. Aqui no governo do estado estamos trabalhando para dar um alicerce sólido à produção orgânica. Já na Prefeitura, o que vemos são ações populistas e tendenciosas, como a proposta de Fenando Haddad de mudar o endereço do Ceagesp. Como disse por aqui na semana passada, a cidade precisa de mais possibilidades e não da destruição de um local que já é parte da cultura do paulistano quando falamos de alimentação.
Uma das ideias para o espaço atual do Ceagesp é a criação de um centro de distribuição de alimentos orgânicos, o que facilitaria imensamente a vida dos produtores. Poderia também abrigar feiras de orgânicos, como as que realizamos na Secretaria, para facilitar a vida do cidadão. Mas a escolha foi pela especulação imobiliária. Uns olham para o todo, outros para a parte, especialmente a que lhe cabe (e não digo isso no bom sentido). Este sempre foi o problema.
Conheça e acompanhe as páginas Bom Preço do Produtor Orgânico ( www.facebook.com/bpaorganico) além da Saudável e Barato no Facebook (www.facebook.com/saudavelebaratosp).

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