Haddad, campeão da rejeição


 

A duas semanas das Olimpíadas e a pouco mais de dois meses das eleições de 2 de outubro, o que mais chama a atenção é a rejeição recorde do prefeito Fernando Haddad nas pesquisas de intenção de voto e a avaliação negativa da gestão petista à frente da Prefeitura de São Paulo. Mais de 80% da população simplesmente reprova o (des)governo Haddad. No mais recente levantamento do Datafolha, 48% dos entrevistados disseram considerar ruim ou péssima a administração do prefeito do PT. Para 35% dos eleitores ouvidos, o desempenho de Haddad é regular. 

 

Se não bastasse a medalha de ouro da rejeição, Haddad assiste ainda as ex-prefeitas, ex-companheiras de partido e apoiadoras da sua campanha em 2012, Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL), roubarem seus votos e seu discurso. Enquanto ele não tem nada para mostrar de realizações objetivas e eficazes na cidade, Marta e Erundina deixaram um legado invejável, como os CEUs, o bilhete único e os corredores de ônibus, entre outras políticas públicas e ações sociais.

 

Na liderança das pesquisas surge mais uma vez Celso Russomanno (PRB), que pode ter a candidatura impugnada na Justiça. Andrea Matarazzo (PSD) ficou isolado e vê a campanha desidratar, enquanto o oposto acontece com João Doria (PSDB), que articulou a maior coligação partidária e terá também o maior tempo de propaganda na TV. Além disso, com a escolha de Bruno Covas como candidato a vice, os tucanos vão recompondo o partido e despontam como favoritos.

 

Carlos Fernandes é presidente do PPS paulistano e foi subprefeito da Lapa.

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