A segunda-feira que não existiu...







Tudo mudou: acordamos na segunda-feira, dia 9 de maio, com a notícia da suspensão do processo de impeachment, por decisão unilateral do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão.

A presidente Dilma Roussef, presente num ato público, chegou a comemorar com a claque. Petistas nas redes e nas ruas também fizeram festa. Os mesmos que acusam um golpe imaginário e tanto criticavam Eduardo Cunha na presidência da Câmara, passaram a apoiar o arremedo de golpe do seu sucessor, espécime piorada da fauna política brasileira.


No Senado, adiaram a cassação do petista Delcídio do Amaral. Ou seja, o dia 9 de maio entraria para a história como aquele das reviravoltas mirabolantes nos acontecimentos que vinhamos acompanhando nos últimos meses...

Mas, eis que o dia termina, acordamos hoje, 10 de maio e... NADA MUDOU! A presidente caminha a passos largos para o impeachment. O governo de transição, comandado pelo vice Michel Temer, que será empossado na Presidência, segue sendo montado, como previsto. Delcídio será cassado. E tudo continua como antes...

Quanto mais trapalhadas fazem, mais nos motivam. Quanto mais organizam movimentos como os que foram às ruas hoje, querendo colocar medo na população, mais nos unem em defesa da democracia. Vamos seguir trilhando, com equilíbrio e bom senso, o caminho da lei e da ordem. Seguimos fiéis aos princípios constitucionais e republicanos.

Ou seja, se alguém tivesse dormido no domingo e acordado apenas na terça-feira, não teria perdido absolutamente nada desta narrativa do impeachment e do fim do PT. Tudo mudou para seguir exatamente como estava e, enfim, começar a mudar efetivamente a partir de amanhã...

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