Cordel de Candido Antonio dos Santos sobre violência no trânsito

Hoje em dia, temos visto diversas campanhas para diminuir a violência do trânsito, segurança dos pedestres e a prudência de ambos.
Muito se engana quem pensa que esse problema é atual.
Consegui recuperar com amigos o cordel de um grande poeta popular, comunista e acima de tudo meu amigo, Candido Antonio dos Santos.
Este cordel fala sobre a violência no trânsito, que já existia em 1994.
Chama-se “Não corra, não bata, não mate, não morra (viva; vivamos)”

Clamor Urgente – Clamor da Gente
Não Corra, Não Bata, Não Mate, Não Morra (viva; vivamos)
Chamamento imediato ao 13º congresso internacional de transito – SP

I Congressistas Universais
suadamos-lhes por inteiro,
pelo tema em debate,
Nesse solo Brasileiro,
Augurando plenos êxitos,
Para nos e o mundo inteiro.

ll Antes tarde do que nunca,
O homem deve enfrentar
A solução dos problemas
Para a vida resguardar,
Combatendo todo o crime,
 Defendendo o bem estar.

lll Não podemos aceitar,
Nem jamais admitir,
Tantos crimes permanentes
Na lida do ir e vir vir,
Pelos débeis do volante
Que matam e morrem sem rir.

lV São milhões de assassinos
 Dia, noite, tarde e dia,
 Correndo como serpentes
Atrás de uma preza “gia”
Mais loucos que cães raivosos
 Com profunda hidrofobia

V O que se mata no trânsito
 Das estradas brasileiras
 Nas ruas e até parados
 Curvas, pontes, ribanceiras,
 São crimes mais que hediondos
 São abusos ou brincadeiras

Vl Aos senhores congressistas
 Uma sugestão verdade
 Combatamos agora, já,
 A tal da “velocidade”
 Até sessenta por hora
 Reduzindo a mortalidade.

Vll Embora reconhecendo
 Vosso temário abrangente
 Queremos pois, insistir,
 Em medida pertinente
 Reduzir a velocidade
 É pratica inteligente.

Vlll O que não bate não quebra
Por isso nada a correr
Vamos viver sem matar
 Vamos viver sem bater
Vamos viver devagar,
Pois é melhor que morrer.

lX Todo sabemos que andar
 Em transporte coletivo
 Mesmo carretos de cargas
 Precisa de aditivo
 Nos trilhos, no ar, no mar
 Nas estradas isto é ser vivo.

X Neste primeiro de maio
 Perdemos o nosso Senna
 Num acidente brutal
 Que maquina não teve pena
 Quem quiser viver a vida
 Tem que ligar a Antena.

Xl Todas as resoluções
 Devem ser sábias, candentes,
 Pois salvar vidas do transito
 São obras inteligentes
 Homens, mulheres, voltados
 Para salvar vidas inocentes.

Xll Continuaremos a luta
Fundamentado o assunto
 Do feito vendo os ANAIS
 Pregando sempre de pronto
 A velocidade mínima
 Para não sermos defuntos.

Comentários

Postagens mais visitadas