Tempos de HIPERNORMALIDADE
Carta branca para tudo, desde que eu não precise fazer nada....
É impressão minha, ou a nossa sociedade está imersa em uma atmosfera de inércia? Nos últimos meses a Lava Jato tem nos proporcionado notícias de revirar o estômago. Na semana passada o depoimento de Palocci escancarou o que havia de mais sórdido na gestão petista, com detalhes dignos de revolta! Na mesma semana, mais um ex-governador do Rio de Janeiro foi preso por corrupção! Se partirmos para o âmbito mundial, temos um ditador mimado na Coréia do Norte ameaçando soltar bombas proibidas por consenso pela comunidade internacional e....NADA!
As pessoas parecem simplesmente sentir que tudo isso não tem relação com a vida delas. São tempos de HIPERNORMALIDADE. Tudo é normal por aqui. Parece que, enquanto humanidade, estamos perdendo a capacidade de nos indignar. Triste e preocupante.
Preocupa porque a indignação é, muitas vezes, o motor da transformação. É o que nos faz levantar do sofá e agir. Mudar a realidade e não apenas aceitar passivamente o que ela nos oferece, como se não estivesse em nossas mãos definir os rumos. Ledo engano, pois é exatamente apenas nas nossas mãos, no resultados das nossas escolhas, que está essa capacidade.
Esse comportamento de indiferença está nos moradores do bairro de luxo que pedem a retirada da população de rua de suas portas, está em quem se recusa a conversar sobre política, caindo em sensos comuns do ‘não tem jeito’, e em muitas outras ações características de quem não se sente parte da solução e tão pouco dos problemas.
Não pode ser normal acharmos que tudo isso é normal. E menos ainda acharmos que somos de alguma forma desconectados dessas realidades. A rotina parece ter se tornado a regra maior do estilo de vida. Vale tudo, inclusive nada, para não sair dela. E a rotina é a pior coisa que existe. Mata a capacidade de inovar e se reinventar.
Talvez essa omissão coletiva seja também resultado das bolhas em que as redes sociais têm nos colocado. Nos conectamos apenas com aqueles que referendam nossos pensamentos, recebendo em nossas timelines somente o que nos agrada. Mas esse mundo paralelo não é real. Temos, enquanto cidadãos, que nos reconectar com a realidade e com o nosso papel dentro dela.
Vivemos em uma sociedade multiconectada, capaz de alienar, mas também de engajar. É essa chave que precisamos virar. A tecnologia coloca em contato pessoas com filosofias semelhantes. Essa conexão precisa sair da tela. Ao invés de nos tornarmos reféns das bolhas da tecnologia, vamos fortalecê-las como novos polos de cidadania. Aproveitar essa conexão para alinhar sinergias e transformá-las em ação. Em indignação!
Na vida, quando algo provoca incômodo e revolta, não mate seus impulsos com o machado da rotina. Você pode estar matando com eles a possibilidade de ajudar na construção de uma sociedade melhor. Por isso, sigo me indignando...inclusive com a sua falta de indignação!
É impressão minha, ou a nossa sociedade está imersa em uma atmosfera de inércia? Nos últimos meses a Lava Jato tem nos proporcionado notícias de revirar o estômago. Na semana passada o depoimento de Palocci escancarou o que havia de mais sórdido na gestão petista, com detalhes dignos de revolta! Na mesma semana, mais um ex-governador do Rio de Janeiro foi preso por corrupção! Se partirmos para o âmbito mundial, temos um ditador mimado na Coréia do Norte ameaçando soltar bombas proibidas por consenso pela comunidade internacional e....NADA!
As pessoas parecem simplesmente sentir que tudo isso não tem relação com a vida delas. São tempos de HIPERNORMALIDADE. Tudo é normal por aqui. Parece que, enquanto humanidade, estamos perdendo a capacidade de nos indignar. Triste e preocupante.
Preocupa porque a indignação é, muitas vezes, o motor da transformação. É o que nos faz levantar do sofá e agir. Mudar a realidade e não apenas aceitar passivamente o que ela nos oferece, como se não estivesse em nossas mãos definir os rumos. Ledo engano, pois é exatamente apenas nas nossas mãos, no resultados das nossas escolhas, que está essa capacidade.
Esse comportamento de indiferença está nos moradores do bairro de luxo que pedem a retirada da população de rua de suas portas, está em quem se recusa a conversar sobre política, caindo em sensos comuns do ‘não tem jeito’, e em muitas outras ações características de quem não se sente parte da solução e tão pouco dos problemas.
Não pode ser normal acharmos que tudo isso é normal. E menos ainda acharmos que somos de alguma forma desconectados dessas realidades. A rotina parece ter se tornado a regra maior do estilo de vida. Vale tudo, inclusive nada, para não sair dela. E a rotina é a pior coisa que existe. Mata a capacidade de inovar e se reinventar.
Talvez essa omissão coletiva seja também resultado das bolhas em que as redes sociais têm nos colocado. Nos conectamos apenas com aqueles que referendam nossos pensamentos, recebendo em nossas timelines somente o que nos agrada. Mas esse mundo paralelo não é real. Temos, enquanto cidadãos, que nos reconectar com a realidade e com o nosso papel dentro dela.
Vivemos em uma sociedade multiconectada, capaz de alienar, mas também de engajar. É essa chave que precisamos virar. A tecnologia coloca em contato pessoas com filosofias semelhantes. Essa conexão precisa sair da tela. Ao invés de nos tornarmos reféns das bolhas da tecnologia, vamos fortalecê-las como novos polos de cidadania. Aproveitar essa conexão para alinhar sinergias e transformá-las em ação. Em indignação!
Na vida, quando algo provoca incômodo e revolta, não mate seus impulsos com o machado da rotina. Você pode estar matando com eles a possibilidade de ajudar na construção de uma sociedade melhor. Por isso, sigo me indignando...inclusive com a sua falta de indignação!
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