#ReformaPolítica - a base para a renovação democrática!

Falei na semana passada sobre como gostaria que onda de renovação democrática francesa respingasse por aqui e muitos me questionaram sobre o nosso prefeito João Doria. Me perguntaram se não seria ele já o ‘novo’ fazendo a diferença. Eu respondo: sim, Doria é o exemplo do que ocorre quando uma pessoa que tem um olhar diferente para o fazer político chega às posições de liderança.

É bom para o Brasil ver alguém sem o desespero pela manutenção do poder, que arruinou o lulo-petismo, trabalhando de fato em benefício da sociedade. É uma esperança de confiança em meio a tantas decepções que a lava-jato tem descortinado. Porém, a renovação brasileira precisa ir além.

O cenário nacional pede reformas mais profundas, dentre elas a política. Na França foi possível a eleição de Macron, porque o sistema não é centrado em um modelo de fortalecimento partidário. Não há regras de tempo de filiação para uma candidatura, ou necessidade de milhares de assinaturas para a criação de um partido. Tão pouco existem as verbas fixas de financiamento. Aqui, em terras tupiniquins, muitos dos cabeças das inúmeras legendas que temos parecem mais preocupados em garantir o financiamento de seus ‘números’, do que com os interesses públicos.

Os partidos precisam desviar o olhar de seus próprios umbigos e se lembrar de suas origens. O modelo que temos hoje dificulta que muitos outros ‘Dorias’ despontem Brasil a fora. No PPS já combatemos há muito tempo algumas dessas amarras aceitando, por exemplo, candidaturas independentes. É o nosso jeito de garantir que qualquer pessoa que quer trabalhar pelo bem comum tenha caminhos para isso.

O Brasil é uma democracia jovem, mas consolidada, e os últimos acontecimentos aprovam isso. Derrubamos presidentes, senadores e deputados. Em que outro país essa instabilidade não resultaria em ameaças antidemocráticas? O máximo que ocorre por aqui é a ascensão de ‘Bolsonaros’, que no final mais ajudam a população a entender o que de fato é a direita reacionária do que ameaçam a democracia e as pautas progressistas.

Agora precisamos construir uma reforma política em que o país dê um passo à frente. Uma reforma em que Doria’s e Macron’s sejam a regra e não a exceção. Um sistema que valorize a história e o trabalho dos bons, sem se fechar para o novo. E nesse ponto é preciso fazer uma ressalva, porque como pessoa que nasceu e viveu em meio a política, não posso aceitar o discurso de que todos são ‘farinha do mesmo saco’. É hora de separar o joio do trigo. Admiro e respeito muitos homens públicos, como o nosso governador Geraldo Alckimin, que há anos exerce com ética e dignidade suas funções, e a quem apoio em um projeto para a presidência em 2018.

Precisamos repensar o que deu errado. Como chegamos a um cenário onde alguns conseguem defender Temer como uma tábua de salvação? Capenga do jeito que vai, está mais para âncora.

E para quem quiser saber mais sobre o que penso em relação ao cenário político do país, convido assistir à fala que fiz na reunião do Diretório Estadual do PPS, no dia 3 de junho -https://www.facebook.com/CarlosBFernandes/videos/1706301502801349/.

Estou à serviço de uma política com princípios, ética e ideais. Vamos redesenhar o país e reconstruir a nossa democracia. Não somos a França, mas chegaremos lá!

#ReformaJá



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