Do lado certo, 25 anos depois
Há exatos 25 anos, os
brasileiros iam às urnas escolher o Presidente da República após outro período
idêntico do obscurantismo de uma ditadura militar (antes do golpe de 64, o
último presidente eleito pelo voto DIRETO
havia sido Janio Quadros, em 1960). Naquele outubro de 1989, chegavam ao
2º turno os candidatos Collor e Lula, para uma disputa acirrada que dividia o
país.
Na reta FINAL
daquela campanha, marcando o momento decisivo
dos últimos debates e do término da propaganda eleitoral, Collor tirou da
cartola um truque infalível dentro da estratégia que hoje se denomina
“desconstrução” do adversário: levou à TV uma ex-namorada de Lula, Miriam
Cordeiro, que o acusava de ter ordenado que ela abortasse a filha indesejada do
casal, Lurian.
Era o golpe fatal perante a opinião pública, somado a toda uma campanha de ódio
e de terror. O MARKETING
de Collor fez parte significativa da população
acreditar que, se Lula chegasse à Presidência, confiscaria o dinheiro da
poupança de cada brasileiro, invadiria sua casa e tomaria seus bens e suas
propriedades. Tudo amarrado numa edição final manipulada do último debate da
Globo, apresentada no Jornal Nacional da véspera da eleição como se Collor
tivesse massacrado Lula, carregando nas tintas de uma forma grosseira e
desonesta.
O jogo sujo funcionou. O candidato do PT, que naquele momento representava a
esperança da chegada ao poder de uma geração que passou toda a VIDA
lutando pela redemocratização, foi atingido em
cheio pela propaganda com inspiração nazista de Collor, aquela cuja máxima é
“uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. Sabemos como tudo isso
acabou.
Hoje há uma incômoda sensação de “déjà vu”: o terrorismo na propaganda
eleitoral se repete, as mentiras, insinuações, leviandades, ameaças, baixarias,
o ódio e as agressões destemperadas nos debates. Há uma só diferença gritante,
diante de inúmeras semelhanças atemporais: quem reproduz os métodos da propaganda
nazista agora é o PT, a vítima de 25 anos atrás.
Se em 1989 todos os democratas estavam solidários a Lula, que era atacado
covardemente por Collor e por toda uma rede de interesses do chamado “status
quo”, em pleno 2014 quem representa os benefícios e conveniências do poder e da
máquina governista é a criatura do lulopetismo, Dilma Roussef.
Por trás do verniz esquerdista e democrático de um PT que virou lenda, Dilma é
a verdadeira candidata dos conservadores e reacionários. Unida aos antigos
inimigos daquele PT de 1989 (Collor, Lula, Sarney, Maluf, Renan etc.), a
presidente hoje não poupa esforços para manter essas velhas estruturas na
Presidência. Para tanto, já disse que valia “fazer o diabo” para ganhar uma
eleição. E está fazendo.
O adversário de Dilma é Aécio, opção que une o eleitorado de todos os demais
candidatos do 1º turno e de quem atualmente DEFENDE
os ideais que há 25 anos eram simbolizados pelo
PT de Lula. Quem votar neste 26 de outubro em Aécio – não por acaso, neto de
Tancredo Neves - estará resgatando a aura das Diretas Já, o respeito às
instituições democráticas e aos princípios republicanos. Estará, acima de tudo,
encerrando um ciclo perverso na política brasileira e dando um passo firme para
o futuro de um país melhor, mais justo e mais humano.
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