Sábado é dia de vacinação contra a paralisia infantil
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira,13, a
realização de mais uma campanha nacional de vacinação contra a poliomielite.
A
campanha inicia neste sábado, 16, se estendendo até o dia 06 de julho, e será
realizada em parceria com estados e municípios. A meta é imunizar, contra a
paralisia infantil, 95% do total de 14.1 milhões de crianças menores de cinco
anos de idade, o que representa 13,5 milhões. Neste sábado, o ministro
participa, em Minas Gerais, do Dia D de mobilização nacional. Todas as crianças
menores de 4 anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que
já tenha sido vacinadas.
Campanha
Durante a apresentação
da campanha, o ministro Alexandre Padilha, reforçou a importância do Dia D .
“Além de todos os impactos positivos e um grande poder de mobilização, a
campanha da pólio contribui para a atualização do calendário de vacinação”,
assegurou Padilha, destacando que os pais têm um papel decisivo neste processo.
O ministro lembrou que o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério
da Saúde, é um dos maiores programas gratuitos do mundo. Segundo ele, o PNI vem
contribuindo para diminuir a mortalidade na infância no Brasil.
Em todo o país, 115 mil
postos estarão funcionarão, das 9h às 17h. Além das unidades permanentes,
shopping centers, rodoviárias, escolas, entre outros locais, vão receber postos
móveis. Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na campanha, com a
utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais.
Serão distribuídas 23
milhões de doses da vacina oral. O Ministério da Saúde está investindo R$ 37,2
milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para os estados e municípios.
Além deste valor, o Ministério da Saúde também destinou R$ 16,7 milhões para a
aquisição das vacinas. Neste ano, a campanha acontecerá em etapa única.
O secretário de
Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que a campanha deste primeiro
semestre é com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Ele destacou que, em
agosto, será realizada, em todo o país. a campanha de multivacinação com a
introdução da pentavalente e reforço das outras vacinas no calendário básico.
A partir de agosto deste
ano, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram
imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois
meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de
forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a quarta dose (aos 15
meses) e os reforços continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.
Vacina
A vacina contra a pólio é segura. Ela se destina a todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.
A vacina contra a pólio é segura. Ela se destina a todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.
No caso de crianças que
sofrem de doenças graves, recomenda-se que os pais consultem profissionais nos
postos e centros de saúde, para serem avaliadas se devem ou não tomar a vacina.
Crianças com febre acima de 38º Celsius, ou com alguma infecção também devem
ser avaliadas por um médico.
Prevenção
Não existe tratamento
para a pólio e, somente a prevenção por meio da vacina, garante a imunidade à
doença. O Brasil está livre da poliomielite há mais de 20 anos. O último caso
no país foi registrado em 1989, na Paraíba.
Em 1994, o Brasil
recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da
doença. E é apenas por meio da vacinação que se pode garantir que o vírus não
volte a circular em território nacional.
Apesar de não haver
registro de casos de pólio há 23 anos no Brasil, é importante manter campanhas
de vacinação anuais porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser
reintroduzido no país. Isso porque, o vírus ainda circula no mundo. Entre 2007
e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três ainda são
considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.
A Doença
A poliomielite é uma
doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças de
até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado
pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa
contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração
de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão.
O período de incubação
(tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é,
geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também
pode ocorrer durante o período de incubação.
O poliovírus se
desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela
corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas.
Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios
ou de deglutição.
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